dezembro 29, 2010

Crise a 3 dias do seu início

A crise está marcada para daqui a três dias. Um de Janeiro.
Depois de mais um período louco de consumismo, Portugal vai ser confrontado com o início de um período muito complicado e que durará alguns anos. Um período de aperto e complicações crescentes. 

Entretanto, os demagogos do costume (oposição de esquerda) vão sugerindo medidas de compensação aqui ou ali. Vão antecipando recessões e mais desemprego. Maiores dificuldades e queda no nível de vida. Apenas para contabilizarem dividendos políticos quando tudo isso acontecer. Porque são reacções incontornáveis, os efeitos secundários do tratamento necessário. 
Serão esses os efeitos óbvios do tratamento necessário. Para que Portugal passe a viver exclusivamente do que produz e deixe de depender de contínuos e sempre crescentes empréstimos feitos no exterior. Infelizmente, isto aplica-se também (e de que maneira) a quem nos trouxe a este ponto. Ao Governo socialista. Cujo "remédio", para o seu problema, não foi gastar menos, mas cobrar mais (impostos, taxas, serviços públicos). É o resultado de perguntar ao lobo onde esconder as ovelhas. Infelizmente, por mais uns meses, assim terá de ser.
Depois, com ou sem o FMI, mas com outro governo (que pelo menos não terá o óbice de nos ter trazido a este ponto), o aperto vai ser incrementado. Pois, cada fatia a menos do défice (que terá de ser anulado) será uma quebra significativa na qualidade de vida de todos os Portugueses. Menos consumo, menos trabalho, menos rendimentos, mais impostos e serviços mais caros.
Não nos iludamos. Não nos podemos esquecer que vamos ter que viver com menos financiamentos do exterior e vamos ter que pagar (com juros incrementados) tudo o que pedimos emprestado no passado. A verdade é que temos crescido à custa de empréstimos e não de aumentos de produtividade.  E será tudo isso que vamos agora perder. Chegou a altura de pagar. O que devemos, com mais juros. Pois quem nos empresta não está "distraído" e vai procurar retirar os dividendos possíveis da nossa fragilidade.
Cabe-nos a todos, não zurzir em quem nos empresta (não tem sentido algum atacar "os mercados"), mas sim, trabalhar para pagar o devido e reduzir aquela dependência. Até ao zero. De onde então, dentro de alguns anos, poderemos de começar de novo.

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