janeiro 19, 2011

Défice : Portugal sob pressão de Berlim e Zona Euro

Público

Como não podia deixar de ser.
Teixeira dos Santos só engana quem se quer deixar enganar.
O défice de 2009 (estrutural) de 9,3% baixou para 8,4% em 2010 (os 6,8% serão à custa do fundo de pensões da PT). Com dois PECs.
Baixar de 8,4% para 4,6% será um esforço hercúleo.
A redução de rendimentos dos funcionários públicos estão hipotecados pelo aumento dos juros da dívida soberana.
O crescimento previsto é uma miragem. O desemprego também.
A verdade é que temos de descer de nível de vida. Porque subimos demais (acima do que podíamos) nos últimos anos. Agora, não voltamos para onde deveríamos estar, mas teremos que ir ainda mais para baixo, para pagarmos o que ficamos a dever. 
A geração do 25 de Abril garantiu-se e os mais novos vão agora pagar...
Quem acha que isto vai com compensações para os que menos têm, não estão a ajuizar a situação. É que foram justamente esses (des)equilíbrios sociais que nos levaram aonde estamos.
E quem conta com crescimento económico para ir "cobrindo" a dívida, também pode tirar "o cavalinho da chuva". Isso acabou. São outras zonas do globo, per cápita mais pobres que vão absorver esse crescimento. À custa de outros países. À nossa custa.
Contemos, já em 2011, com menos uma fatia do subsídio de férias e do 14º mês e com um grande aumento nos transportes.
E rejubilemos com o emprego que for possível manter.
E, rapidamente, que mudemos de paradigma. Sem Sócrates e socialismos. Longe daqueles que nos trouxeram aqui...

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