julho 28, 2011

Retrocesso civilizacional de Carvalho da Silva

Carvalho da Silva, após reunião de concertação social voltou a referir que as politicas adoptadas pelo Governo constituem um retrocesso civilizacional.

Tem razão. E não há outra solução.

Infelizmente, a evolução civilizacional que agora se perde deve-se a termos ido bem para além do possível e que era realista, nessa matéria. Pelo que, para que uma geração pudesse ter tido acesso a algo mais do que o devido, uma nova geração terá que pagar por isso.

Pois não só se recuará para níveis realistas, como teremos que ir ainda mais para trás, para pagar os excessos destes últimos anos.

Cair na realidade é duro. Ou melhor, será duro.

Vivemos nas alturas. Agora, viemos à terra. Forçados. Mas aterramos no início de um túnel que ainda teremos de percorrer. Mas, o túnel é descendente. Quando chegarmos à sua saída estaremos bem mais abaixo. Mas, chegados aí, talvez encontremos condições para voltar a crescer. Mas, de forma alguma poderemos aspirar ao regresso aos níveis de vida (ilusoriamente) experimentados nas décadas pós 25 de Abril...

A verdade é que o crescimento contínuo é uma impossibilidade para o Planeta. Principalmente quando, pela primeira vez, centenas de milhões de habitantes em países não desenvolvidos (China, Índia, Brasil e outros) estão a ter a sua oportunidade, dada pela globalização. O pouco que cada um deles crescerá, será à custa daqueles que, nos países desenvolvidos perderão parte do que ganharam nos últimos decénios. E onde alguns cairão mais do que outros. 

Carvalho da Silva já não se recordará da "Internacional Socialista". Afinal, o que interessam os chineses que vivem com 2 dólares por dia face ao não aumento do salário mínimo de 20 dólares diários em Portugal? Nada...


Entretanto, também não lhe interessa nada o facto de que ganhemos aquilo à conta do que os chineses nos emprestam... directa ou indirectamente. Pois todo o sistema financeiro mundial acaba por existir - e sobreviver - sobre um grande tapete chinês (e japonês, até ver) que sustenta a dívida - preocupantemente - crescente dos EUA...

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