novembro 08, 2011

Orçamento de Estado 2012 - Melhorias possíveis (V)

Restauração e Economia paralela

A restauração é outro dos sectores que mais serão atingidos no enquadramento actual. Não apenas por via da fiscalidade, mais agressiva. Mas, simplesmente, porque será um dos serviços que terá mais cortes, na gestão familiar dos portugueses. Que, dispondo de menos rendimentos e acedendo a bens e serviços cada vez mais caros, terão que concretizar cortes decisivos nas áreas menos essenciais, procurando alternativas mais baratas (alimentação confeccionada e consumida, em casa).

A queda na procura originará muitos encerramentos de restaurantes. Esperemos que os menos preparados, de menor qualidade e menos bem geridos.

Outros restaurantes (esperemos que os de melhor qualidade e mais bem geridos) receberão muitos dos clientes dos estabelecimentos anteriores e poderão, assim, receber um “balão de oxigénio” que os manterá “à tona”.

A tentação de não registar as transacções será grande, nesta área de serviços.
Se o IVA for máximo, poderá haver um risco que, assumido, se pagará…

A medida de devolução de 5% do IVA por via do IRS dos consumidores não será decisiva. Afinal, é um valor mínimo face ao que se deixará de pagar. Os proprietários serão tentados, face aos clientes mais conhecidos e fixos, a não facturar o consumo, não lhes cobrando o IVA. Não arriscando o mesmo, perante os clientes inopinados, desconhecidos, evitando, dessa forma, acções de fiscalização tributária.

Mas, a verdade é que não haverá, aqui, muito a fazer…

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