António José Seguro já fez a sua demagogia quanto à retenção
de meio subsídio de Natal, depois de acertada a transferência do Fundo de Pensões
bancário.
Dizendo que, afinal, havia dinheiro a rodos e não era
preciso reter aquela verba. Ora, sabemos todos que o défice estrutural (sem
este tipo de medida) cairia nos 8%, muito para além dos 5,9% acertado pelo
Governo PS com a troika.
Daí que não, senhor Seguro. Não tinha razão nenhuma quando
disse que não havia derrapagens do seu (socialista) orçamento, em direcção aos
5,9% combinados. Havia sim e grandes…
E que esta medida vem para resolver esse problema – note-se
que o orçamento de 2011 é do PS – e servirá para injectar dinheiro na Economia,
através da recuperação de prazos de pagamento a fornecedores públicos. Desta
forma, essa verba circulará virtuosamente. Chega à banca que tem suportado
esses fornecedores, recapitalizará o sector e outra parte poderá voltar à economia alavancando as necessidades que
se seguem…
Claro que estes 6 mil milhões são “emprestados”. Pois
reverterão em forma de pensões, para os seus legítimos proprietários (os funcionários bancários), quando
chegar a altura.
Entende-se a ânsia de fazer oposição. Mas o PS terá de
digerir muito bem e duradouramente o facto de termos muitos anos pela frente, na gestão de uma situação criada pelos seus governos e pelas suas políticas.
E clarifique-se: o problema não é mesmo a dívida. É o défice.
E esse, foi deixado - estruturalmente - a 10% ao ano, por Sócrates e Teixeira dos Santos nas mãos
do actual governo. Agora, precisamos de tempo (e dinheiro - da troika, que vem com sacrifícios - para suportar essa
travessia do deserto) para coloca-lo (ao défice), não nos 4,5%, nem nos 3%, nem nos 0,5%. Precisamos
mesmo de excedentes. Que nos dêem garantias de existência sustentávelna economia global, através da criação de poupanças que potenciem investimentos
e, então sim, crescimento.
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