novembro 22, 2012

Erros da governação actual (III) - Crescimento


As dívidas públicas não são geríveis com base na ideia de que aí virá um qualquer crescimento económico que delas dará conta...

Apesar de ser evidente que as dívidas públicas não abaterão pelo “milagre” do crescimento (que não acontecerá), pouco ou nada se faz na única alternativa possível para que se faça o ajuste necessário: o Estado deve ser refundado.

E não tenhamos dúvidas: o ajuste será feito em baixa, incluindo os níveis de vida das populações. Foram anos e anos de governação e de qualidade de vida (sim, éramos ricos e não sabíamos) suportados em empréstimos.

Hoje, não só temos que nos ajustar ao que produzimos (pois a expectativa do crescimento é uma falácia) como temos que nos manter comprometidos que a dívida é para pagar. Isto, apesar de o podermos fazer de forma distinta da que tentam nos impigir, desde que os países em dificuldades se agrupem, procurando critérios (taxas e juros) mais justos e equilibrados.

Não temos que perspectivar défices de 3% como razoáveis. Esse é um dos erros mais flagrantes na actualidade  O único valor aceitável para o défice é zero (ou ainda menos que isso). E a razão é sempre a mesma: a economia já não está em crescimento pelo que não podemos contar com o amanhã para pagar os défices de hoje. O amanhã é menos abonado que o hoje

A dívida deve ter uma moratória imediata. Sendo “congelada”.
Para este efeito, os países em problemas devem criar um grupo forte que imponha algumas condições para o processo de ajuste que terão de fazer.

Cinco anos para colocar o défice a zero. É o compromisso que fica assumido. É o tempo necessário para que se possa fazer um ajuste gradual, consistente, social e economicamente sustentado. Sem prejuízo de se entender e assumir, que o ajuste (sim, também do nível de vida) é feito em baixa.

Nesses cinco anos, a dívida pública “congela” por decisão unilateral desse grupo de países: cada tranche – e respectivos juros – à medida que se vence, paga-se através de novos títulos de dívida a 20 anos e a uma taxa Euribor acrescido de um pequeno spread (não extorsionário).

Os Fundos Internacionais de Equilíbrio Financeiro passam a agir no apoio aos credores e não no apoio aos devedores, como até agora. Comprando os referidos títulos a quem os queira vender (com ou sem perdas associadas). O serviço destes títulos deve ser rigorosamente cumprido.

Os défices (decrescentes) que se geram nos cinco anos de ajuste devem ser absorvidos internamente [ler aqui]. Não havendo, para estes efeitos, recurso a financiamentos externos.

Ao longo dos cinco anos, os Estados deverão se ajustar, na sua dimensão (o que fazem, o que garantem, o que financiam, o que cobram) com vista à sua refundação e à referida anulação do défice. Não deverão ser criadas ilusões quando à quantidade e qualidade da intervenção pública (o Estado Social), que, no final deste processo, será sempre inferior à inicial.

novembro 21, 2012

Erros da governação actual (II) - Trabalho

O Trabalho (que está em recuo quantitativo) está cada vez pior distribuído. E as políticas atuais acentuam o problema.

Como é evidente, temos cada vez menos trabalho disponível nos países desenvolvidos. Por muitas e variadíssimas razões. Desde a evolução tecnológica à globalização que deslocaliza empresas.

Se temos menos trabalho disponível e pretendemos manter alguma coesão social, como se podem manter políticas de emprego como as atuais? Não é possível. É mesmo impossível.

Mais horas de trabalho? Menos feriados? Menos férias? Reformas mais tardias? Tudo errado.

A verdade é que é necessário fazer exactamente o contrário: dividir o (cada vez menos) trabalho disponível, por mais gente. O que não é nada de estranho. Afinal, é um processo evolutivo e paralelo ao do desenvolvimento humano. Trabalhar cada vez menos, com rentabilidade maior. Por isso se inventou a roda, a máquina a vapor, o computador…

Só não se evolui nesse sentido por puro egoísmo das gerações grisalhas, "instaladas". Que empurram os jovens para a emigração, colocando, literalmente, o futuro do País pela porta fora.

Mantendo ou aumentando (na função pública) a unidade individual diária de trabalho (emprego) nas 8 horas, impossibilitaremos que muitos (cada vez mais) possam aceder ao trabalho disponível.

Teremos mais desempregados. Muitos mais.
Mais despesas sociais (necessárias para manter alguma coesão social).
Uma função pública “no limbo” do desemprego, indisponível para produzir a refundação necessária do Estado. O que a tornará impossível.
Mais indignados nas ruas, nas manifestações e no “lançamento de pedras de calçada à polícia”. Uma oposição de esquerda (sem soluções mas a cavalgar insatisfações) mais forte. Mais jovens a emigrar. Menor capacidade de "produzir" bebés  Um País de velhos. Um País sem futuro.


A solução passa por (provisoriamente ou não, logo se verá) permitir uma decisão unilateral dos empregadores (incluindo o Estado) em reduzir o tempo da unidade de trabalho (emprego) até 20%, com o correspondente corte remuneratório. Este procedimento seria limitado, nos casos em que a redução levasse a rendimentos abaixo do salário mínimo e seria sempre reversível, também por decisão do empregador.

Desta forma, as empresas ajustariam os seus custos fixos à dimensão do negócio (arrefecido na actual conjuntura económica). As empresas em laboração máxima seriam motivadas - via benefícios nas contribuições - a utilizar esta abertura para criarem mais empregos (idealmente para os jovens). Assim, as contribuições para a Segurança Social (empresa e trabalhador) seriam inferiores, para estes casos de unidade de emprego com tempo reduzido.

E tudo isto se aplicaria ao Estado:

Onde houvesse funcionários a mais as coisas ajustavam-se (com uma poupança real na despesa, correspondente ao corte remuneratório paralelo ao corte horário). 

Onde estivessem à justa poderia ser criado novo emprego (exemplo: enfermeiros). Com esta base (menos riscos de desemprego e mais gente no esforço colectivo  unidos pelo trabalho), talvez se passasse a ter uma atitude favorável para o necessário processo de refundação do Estado.

A verdade é que, assim, não há cortes de rendimento por unidade de trabalho, limitando problemas de constitucionalidade. Pois o pagamento (valor/hora) pelo trabalho efectivo mantém-se. Apenas se alargaria o trabalho disponível a muitos mais (seria, por isso uma medida socializante), aumentando-se o número de contribuintes e reduzindo-se o número de subsidiados. Mais impostos e menos défice na segurança social.

novembro 20, 2012

Com as "costas quentes"...

Continuam os relatos da imprensa esquerdista sobre a intervenção policial na escadaria da Assembleia na noite do dia de greve geral. É nota geral que apanharam os que mereciam mas que apanharam também quem não mereciam: transeuntes, velhinhas e crianças. Como referiu Helena Matos no Blasfémias, até teriam sido apanhados alguns escuteiros, que ajudavam velhinhas a atravessar a rua...

Desde já coloco a minha posição na questão: a polícia actuou bem e decididamente. Teve paciência quanto baste e interveio na medida do necessário e suficiente. 

A verdade é que os arruaceiros tinham as costas bem aquecidas por todos os outros que lá estavam. Se também apanharam, foi merecido.  Porque já não havia manifestação, que já tinha terminado há muito.

Até considero que a espera e a paciência que a polícia teve destinou-se justamente a permitir uma distinção clara entre os tempos da manifestação e os tempos da pedrada.

O aviso da polícia (ninguém ouviu, diz a imprensa de esquerda) foi mais um dado que não surtiu efeito. Pelo que, apanharam os arruaceiros e apanharam os que lá estavam a aquecer as suas costas, dando "massa crítica" ao que estava a acontecer.

Tudo o resto, será demagogia.

novembro 19, 2012

Erros da governação actual (I) - Crescimento

 Falsa expectativa de crescimento económico 

É o erro número um. 

Porque não vai haver qualquer crescimento económico. Não é possível. A indústria está a ser deslocalizada gradual, mas rapidamente, para os países emergentes e não se travará esse processo em 5 ou 10 anos. Daí que, contar com o crescimento económico para a recuperação financeira e ou orçamental nos países desenvolvidos é um erro enorme. Cria expectativas que só podem levar à frustração. 

A riqueza, cada vez mais, virá do trabalho. E este, está de saída. E, atrás do trabalho vai o investimento e o capital.

Quem levanta a “cenoura” do crescimento à frente dos nossos narizes só arrisca um falhanço e uma descredibilização enorme. Não vai haver crescimento económico nos países desenvolvidos. A economia, nestes países, já atingiu o seu pico há alguns anos e, só não entrou em queda mais evidente e de imediato, devido a estar a ser sustentada por recursos externos (empréstimos). Opção que multiplicou as dívidas públicas e criou a crise actual.

Essa manutenção "artificial" das economias (suportada por recursos externos) está agora a tornar muito mais gravosa a queda das economias desenvolvidas, agora colocada a nu, com a queda das "máscaras" criadas pelos referidos empréstimos.

A gestão politico-económica nos próximos anos, deverá basear-se na realidade do ajuste em baixa. Baixa nos níveis de vida e nos serviços sociais prestados pela iniciativa pública. 

Só a partir da aceitação deste ponto de partida poderemos iniciar uma nova vida, claramente mais frugal mas não forçosamente mais pobre. E, desde que se reduzam - à realidade - as expectativas criadas, até poderá ser mais feliz. O que não será a opinião da esquerda negra

novembro 14, 2012

O "meu" orçamento para 2013

Como faria:

1)Devolvia os 2 subsídios aos funcionários e pensionistas públicos e recolocaria o IRS nos valores de 2012. Eliminava a sobre taxa de 4%.

2)Iniciava um processo de devolução do IVA cobrado em dormidas (e pacotes com as mesmas associadas) a residentes fora do País, tornando o Turismo nacional mais competitivo e dando ao mesmo um tratamento fiscal de serviço exportado.

3)Reporia o IVA da restauração à taxa média.

Parece impossível, não é? Mas continua:

4)Juntamente com outros países em circunstâncias semelhantes (não serão tão poucos como isso) tendo bem presente a situação da Grécia, determinaria uma moratória unilateral sobre a dívida: um período de 5 anos (2013-2017) em que todos os vencimentos e juros da dívida pública seriam pagos pela entrega de uma nova série de títulos de dívida pública a vencer em 20 anos e com um juro pré-estabelecido = Euribor + um pequeno spread. Que nunca poderá ser superior (pois já vimos que até a Euribor é manipulável) à inflação média europeia. O serviço desta nova dívida, deve ser cumprido estritamente. Os Fundos Europeus de Equilíbrio Financeiro deixariam de apoiar os devedores e passariam a acudir aos credores. Os que desejassem vender (com ou sem perda associada) aqueles títulos, de imediato.

5)O Estado compromete-se a ajustar, em 5 anos as suas contas, procurando um défice nulo. Estes défices, decrescentes durante esse período, são financiados internamente pois, nesta fase, ficaria totalmente interdito o financiamento público a partir de  opções externas.

6)Invertia totalmente a política de trabalho vigente e introduzia uma nova medida com o objectivo de redistribuir o trabalho existente (enquanto não é possível a criação de mais trabalho - não será tão cedo que isso possa ser uma realidade). A medida é simples e passaria pela possibilidade de, neste período de ajuste e provisoriamente, do empregador (incluindo também o Estado) poder reduzir até 20% do tempo de trabalho em cada unidade de emprego e a respectiva remuneração (para quem aufere acima de 120% do salário mínimo). Muitas empresas, confrontadas com a quebra do seu negócio, face ao arrefecimento económico, poderiam viabilizar-se desta forma, evitando a falência ou a necessidade de despedir. Outras, que estejam em plena laboração, poderão empregar mais. Os empregados neste regime de redução de tempo de trabalho terão associadas contribuições para a Segurança Social inferiores, para incentivo do processo. Desta forma, seria possível reduzir o desemprego a 5%; aumentaria o número de contribuintes e pagadores de impostos; reduziam-se os subsidiados; recuperavam-se os jovens, eliminando-se a sangria que se começava a verificar com a sua emigração. Impedindo que o nosso futuro, com essa emigração, se esvaia. Colocando muitos mais (com o seu trabalho) a contribuir para a economia do País. Aumentaria a esperança, a confiança e reduzia os indignados nas ruas. Desta forma, esvaziava a esquerda negra que vive e cresce com esta componente negativa e aumentava a expectativa na salvação da democracia.

5)Para olear a economia (já não se pode criar moeda) e financiar o défice, sem efeitos externos, criaria um novo tipo de títulos de dívida fiscais não convertíveis em moeda e que apenas existiria virtualmente nos sistemas informáticos do Tesouro. O Estado poderia pagar uma percentagem das remunerações dos seus funcionários, das pensões, dos subsídios sociais e dos bens e serviços adquiridos com estes títulos, munindo as contas (tal como uma normal conta bancária), associada ao NIF de cada contribuinte. O cartão de contribuinte seria utilizável para pagamentos nas relações económicas do dia-a-dia e podiam ser feitas transferências entre contas através de um site na internet. As empresas poderiam fazer o mesmo face aos seus funcionários (parte das remunerações pagas por esta via) e o pagamento de impostos e contribuições sociais pode também ser feito por transferências a partir da conta do contribuinte, para o Estado ou para a Segurança Social. Desta forma, teríamos os efeitos positivos de uma injecção de “moeda” na economia sem outras consequências. Um acréscimo de “moeda” que ficaria limitado ao país, para uso em determinados consumos (de preferência bens e serviços nacionais) e a um tecto baseado na estrita necessidade de financiamento do défice. Nem mais nem menos. Um valor que cresceria cada vez menos ao longo dos 5 anos (na medida do défice, decrescente) até que, depois disso, seria totalmente retirado.

6)Neste enquadramento, totalmente distinto do actual, então seria possível refundar o Estado porque, não nos confundamos, o ajuste nestes 5 anos é em baixa. E a vida que tivemos, nos últimos 15 anos, de ilusão rosa, suportada por empréstimos, não é nenhum referencial para nós, para o futuro e para os nossos filhos. Ultrapassaremos esta fase um pouco mais abaixo mas, provavelmente, consolidados e mais seguros para poder voltar a crescer (sem ilusões de voltar a ter aquela vida pois vivíamos como ricos e não sabíamos).

7)Talvez assim, seja possível obter uma união das populações na recuperação da economia. Reduzindo o perigo para a democracia que vem do crescendo de indignados cavalgados pela esquerda negra.

8)Numa fase posterior, avançaria para medidas mais drásticas: simplificação do sistema de impostos, que ficaria praticamente reduzido ao IVA (40%, que seja) que, inclusive, financiaria a Segurança Social. Desta forma, os nossos produtos ganhariam uma competitividade acrescida, quer no mercado mundial, em concorrência com a produção emergente, quer no mercado interno (para as balanças comerciais, menos um euro importado é igual a mais um euro exportado) pois, na composição do seu preço não estarão custos sociais e impostos.

9)E as alterações necessárias na Constituição, onde se passariam a estabelecer limites máximos para a cobrança de impostos e a impossibilidade do Estado Social poder ser assegurado em défice, com base em empréstimos.

Manifestações

O mais inconcebível, não são os arruaceiros e arrumadores a mandar pedras para a polícia na Assembleia. São os canais de televisão a recolherem opinião política dessa malta, arremessadores de calhaus. Não tem sentido. A democracia que deve ser de todos não pode ser colocada em causa por uma dúzia de delinquentes que têm toda a atenção da TVI e do canal que presta serviço público: a RTP. É ouvir um qualquer tipo a falar depois do seu charro e a reporter a agradecer e fechar a entrevista "...pois é o povo, o governo deve ouvir, tudo tem que mudar...".

Afinal a democracia tem que ser garantida e o Parlamento é a sua casa.

Medida 6. Criação de grupo de pressão europeu dos países a ajustar

No post publicado a 4 de Julho “O foco errado: na dívida soberana” propusemos uma série de actuações necessárias para sairmos da camisa-de-força a que estamos sujeitos.

Elencamos 9 áreas de actuação.


Vamos desenvolver, neste post, a sexta:

Criação de grupo de pressão europeu (dos países "secos" de liquidez) sobre a Alemanha

Temos a Grécia,
Temos Portugal e Irlanda.
Espanha e Itália e outros se seguirão…

O problema é das sociedades desenvolvidas e começou por estes países. Depois virão todos os outros. Daí que, ou a Europa, no seu todo, incluindo a Alemanha, entende e interioriza tudo isto ou o "caldo fica entornado". Neste momento temos uma Europa a dois ritmos.

Uma Europa a definhar

Num lado, a liquidez a zero. A economia não tem recursos, os bancos idem. Ninguém empresta e quando isso acontece, as taxas são proibitivas ou até extorsionárias (7,8 ou até 9%). As obrigações "acabaram" (o exemplo da Grécia tornou esse tipo de aplicação uma anedota) e os depósitos também (uma saída do Euro de um qualquer país – que não terá aviso – delapidaria o valor acumulado em poupança). Não havendo poupança, não há liquidez. O que inviabiliza o investimento e o funcionamento regular da economia. Tudo trava, pára e morre. Há cada vez menos receitas fiscais, instalam-se os défices, a depressão económica e a dívida cresce. Se o dinheiro não acaba nos bancos alemães, vai para baixo dos colchões…

Uma Europa a ganhar com isso

Noutro lado (noutros países) a liquidez aflui aos bancos locais a taxas negativas (os depositantes pagam para depositar). Liquidez à farta, a baixo custo para investimentos, para a economia e para as empresas. Lucros gigantescos para os bancos. Mas, mesmo para esta Europa, a situação não dá garantias de futuro. Pois será limitada a capacidade do BCE para colocar liquidez no mercado (e nos bancos). As dívidas públicas continuam a crescer. E o crescimento que não reaparece na economia. Esta segunda Europa terá, por estes tempos, algo a ganhar com a situação. Mas, a curto-médio prazo estará também entalada.

É aqui que é necessário retirar a ideia de que são os "contribuintes" alemães a financiar os processos de ajuste dos países do Sul. Bem pelo contrário. Há fluxos financeiros gigantescos do Sul para o Norte onde o dinheiro encontra "companhia" e por isso "segurança". E é este dinheiro que até é remunerado a taxas negativas que activa a economia alemã e é um negocio substancial para a banca germânica que, depois, o empresta a taxas extorsionárias, ao Sul, ao abrigo de planos de auteridade...

Processo de ajuste

A primeira Europa deverá se fazer valer, criando um grupo forte que imponha algumas condições para o processo de ajuste que terá de fazer.

Cinco anos para colocar o défice a zero (e não a 3%). É o compromisso que fica assumido. É o tempo necessário para que se possa fazer um ajuste gradual, consistente, social e economicamente sustentado. Sem prejuízo de se entender e assumir, que o ajuste (sim, também do nível de vida) é feito em baixa.

Nesses cinco anos, a dívida pública “congela” por decisão unilateral desse grupo de países.

Cada tranche – e respectivos juros – à medida que se vence, paga-se através de novos títulos de dívida a 20 anos e a uma taxa Euribor acrescido de um pequeno spread (não extorsionário).

Os Fundos Internacionais de Equilíbrio Financeiro passam a agir no apoio aos credores e não no apoio aos devedores, como até agora. Comprando os referidos títulos a quem os queira vender (com ou sem perdas associadas). O serviço destes títulos deve ser rigorosamente cumprido.

Os défices (decrescentes) que se geram nos cinco anos de ajuste devem ser absorvidos internamente [ler aqui]. Não havendo, para estes efeitos, recurso a financiamentos externos.

Ao longo dos cinco anos, os Estados deverão se ajustar, na sua dimensão (o que fazem, o que garantem, o que financiam, o que cobram) com vista à sua refundação e à referida anulação do défice. Não deverão ser criadas ilusões quando à quantidade e qualidade da intervenção pública (o Estado Social), que, no final deste processo, será sempre inferior à inicial.

novembro 13, 2012

Medida 5. Turismo como a indústria exportadora

No post publicado a 4 de Julho “O foco errado: na dívida soberana” propusemos uma série de actuações necessárias para sairmos da camisa-de-força a que estamos sujeitos.

Elencamos 9 áreas de actuação.


Vamos desenvolver, neste post, a quinta:

5.Turismo a tratar como a indústria exportadora (que é).

O Turismo é um sector muito específico. Em termos económicos, funciona como uma exportação (concorre directamente com mercados externos). Os serviços são prestados “dentro”, no mercado interno. Por essa razão, a fiscalidade a aplicar deveria ser igual às exportações, criando a mais-valia de "anulação" do imposto sobre o valor acrescentado pois a venda é feita ao exterior.

Isto com o objectivo de criar potencialidades e vantagens perante a concorrência e na disputa de mais quota de mercado.

O Turismo não deveria ser tributado (taxas sociais e impostos sobre rendimentos) mais do que qualquer bem e/ou serviço exportado, destinado aos mercados externos. No entanto, não é possível aplicar essa opção de forma simples, pois os serviços destinados aos turistas confundem-se com os serviços ao dispor da população local.

No entanto, pelas razões expostas, poderia ser criado, para o Turismo, um modelo fiscal próprio. Que passaria por uma “devolução” às empresas de metade do IVA cobrado pelas mesmas no referente às dormidas (e/ou pacotes que as integrem - pequeno almoço, meia pensão e pensão completa). 

Este "desconto fiscal" teria o condão de criar preço para que mais turistas venham a Portugal e que menos portugueses se desloquem ao exterior para as suas férias.

Haveria menos receitas fiscais? Depende do potencial de ganho de quota de mercado que a redução dos preços permitissem.

Paralelamente, os serviços de restauração deveriam voltar à taxa média do IVA. Pois esses serviços são daqueles que só dão que ganhar à economia. Dão emprego, consomem produtos portugueses...

Menos receitas fiscais? Talvez sim, talvez não. Talvez possamos assistir a uma retoma no sector, evitando falências e desemprego. Sem prejuízo de, também aqui, ser determinante a aplicação da medida 3: divisão do trabalho disponível.

novembro 12, 2012

O lado negro da força

Os problemas de hoje, no País, são profundos.
Temos um governo de direita que actua à esquerda (aumenta os impostos e o consumo do Estado face ao PIB).

A única alternativa democrática (o PS de Seguro) pede “crescimento” e diz que a sua política é o “crescimento”. Infelizmente, o que cresce é a demagogia. Porque não se cresce economicamente, por decreto. Precisamos de produzir mas isso não basta. É necessário qualidade e preço. Precisamos de investimento estrangeiro, mas não podemos "puxar" investidores para cá, sem termos antes, o que necessitam. E não há nenhuma solução rosa, nem quaisquer medidas concretas,  em cima da mesa, que não custem o dinheiro que não temos, para lá chegar.

A verdade é que alguma coisa foi necessário fazer quando essa mesma esquerda rosa deixou o país de mão estendida. A realidade é que, no final desse período de desgoverno socialista, a dívida foi renegociada (é isso o Memorando de Entendimento). Nesse processo, a troika foi chamada por Teixeira dos Santos (pelo PS) que negociou e desenhou esse documento. E aí se indicou que nos emprestavam o dinheiro que precisávamos para não cair na bancarrota (não haveria dinheiro para pensões, salários e financiamento de serviços públicos como a saúde, educação, justiça e segurança) caso não mudássemos de vida. E essa mudança, como é óbvio, não era para melhor. Pelo que a boa vida rosa que Sócrates nos deu (éramos ricos e não sabíamos), à conta de dinheiro emprestado, tinha acabado e, quem nos emprestou, queria, agora, o dinheiro de regresso.

Entretanto, Passos e Gaspar tiveram que seguir o acordado e isso foi a sua perdição. Um memorando com medidas draconianas - negociadas pelos socialistas - que se vieram a se revelar pouco frutuosas.

A alternativa não é a esquerda. Afinal, o governo (formiga austerista) só está a procurar os objectivos (défice e dívida) negociadas por essa esquerda (rosa) para resolver um problema também criado pelos socialistas. As medidas variam, têm avanços e recursos, mas os resultados são sempre os mesmos: maus. E não se vislumbram, vindas dessa zona ideológica, quaisquer soluções.

É comum dizer-se que para Seguro (cigarra gastadora) chegar ao poder bastará fingir-se “morto”. E é isso que tem feito. Conseguiu (com o PS e Sócrates) que um governo que vinha conotado como liberal aplicasse as medidas socialistas “difíceis” negociadas por eles, com a troika, assumindo todo o desgaste desse facto. Mas mais: medidas que se tornaram necessárias pelo desgoverno de anos ... deles. E para o futuro? Nada. Mais do mesmo e vacuidades tais como “não queremos austeridade… queremos crescimento”.

Na área da direita liberal, tudo parado. Não é possível agir pois o governo tomou como sua a política imposta pela troika (memorando socialista, relembre-se) que é tudo menos ... liberal. Por outro lado, Passos e Gaspar já estão a chegar ao ponto de não retorno, onde a alteração de políticas já não se podem fazer … com as mesmas pessoas.

Entretanto, a rua cresce…

Tudo isto para gáudio da esquerda negra, que vive da indignação, da insatisfação, da lástima, da miséria e do desemprego que medra nas ruas. Que se alimenta e cresce a partir do agravamento desse estado de coisas. Do negativismo, da infelicidade crescente.

O que nos leva à recente polémica face às afirmações de Isabel Jonet. Uma acção meritória (no Banco Alimentar) que tem vindo a colmatar muitos problemas que o Estado Social não resolve (e, não nos esqueçamos, não há dinheiro sequer para manter este Estado Social, muito menos haverá para aumenta-lo para que possa fazer mais).

Essa esquerda negra não gosta desse tipo de intervenção. Pois esta resolve ou no mínimo, atenua, situações e problemas graves de muitas famílias  E também não gosta porque essa acção potencia a retirada dos indignados da rua ou seja, tira-lhes “o pão para a sua boca”…

Acha que o Banco Alimentar faz a politica do "pega o pacote de esparguete". Para eles, tudo é devido a toda a gente. Como se tudo caísse do céu, com ou sem o trabalho que o pudesse permitir. Infelizmente, toda a galinha dos ovos de ouro, acaba esfolada, nas mãos destes...

A esquerda negra apela à força, à rebelião, ao protesto, à indignação. E chegam aí pelo desemprego, pela miséria, pela fome. Pelo que querem que tudo isso cresça e aconteça. Pois, com tudo isso e só assim, também eles crescem...

A manifestação dos militares e o congresso do Bloco acrescentaram notas preocupantes sobre estas matérias.

E esta malta é perigosa. Só aceitam a democracia até que e apenas enquanto dá jeito…

Mas,

Passos e Gaspar tentaram e falharam. Seguiram o memorando rosa-troika e isso falhou. O País está no limite da extorsão fiscal, da queda dos rendimentos e cada vez mais, na rua…
Infelizmente usurpam a “vaga” e o espaço ideológico da direita e uma grande parte da população acha que as políticas liberais são estas

É preciso mudar mas, infelizmente, não se vislumbram alternativas no terreno. Ou melhor, quem possa pegar nelas e avançar.

Isabel Jonet teve razão em quase tudo. Mas teve ainda mais razão quando referiu que o crescente número de famílias e pessoas em dificuldades tinham de ser ajudadas para reduzir o seu desespero e indignação. Pois caso contrário, os problemas na rua serão tão grandes que todas as medidas que se possam definir, a partir daí, e por muito bem desenhadas que estejam, não terão terreno para vingar (a esquerda negra tratará de garantir isso).

Ora, por isso, a primeira grande medida será inverter por completo as políticas de trabalho e emprego de Passos e Gaspar. Que têm seguido a direcção inversa das que são necessárias e aconselháveis. Há menos trabalho e o crescimento é uma miragem (impossível nos próximos anos). Em vez de dividir esse pouco trabalho por mais pessoas, trataram de aumenta-lo para muitos (mais horas, menos férias, feriados, reformas mais tardias) o que provocou despedimentos em massa. E aí, grupos de indignados e a juventude na rua ou a emigrar. Neste caso é o nosso futuro a sair porta fora. Mesmo que exista uma agenda conspirante, com vista ao desemprego, escondida...

É necessário introduzir uma política de divisão/distribuição do trabalho existente (sem prejuízo de que, logo de seguida, procuremos criar mais trabalho) incluindo no mercado de trabalho, pelo menos 70% dos desempregados atuais. Isto faz-se com menos egoísmo dos que estão (até quando) seguros, nos seus empregos atuais. Dando lugar, principalmente aos jovens, bem formados. Evitando a sua saída para o exterior, que é um problema para o nosso futuro. Sem jovens, não haverá uma força de trabalho com mais formação, não haverá crianças, não haverá futuro. E são os jovens, que têm mais ganas de “engordar” as manifestações de indignação, da esquerda negra.

Desta forma teremos muitos mais a trabalhar, um país mais equilibrado, com menos insegurança e indignações. Mais a contribuir e a pagar impostos e menos a receber subsídios e a imigrar…

E teremos que fazer bastante mais:

Não é necessário mais dinheiro. Com acordo geral dos credores, deveremos congelar a dívida. Assegurando que os Fundos Internacionais os acodem e garantem os pagamentos das próximas tranches (que se acumulariam em nova dívida, renegociada, a prazos longos e taxas não extorsionárias).

Deveremos encontrar instrumentos para olear a economia (liquidez) e conseguir o financiamento interno do défice, a anular gradualmente num período de ajuste (5 anos) que se iniciaria agora; e devem ser repostos os rendimentos (devolução dos subsídios, tal como se concediam antes ou divididos pelos salários mensais) e os impostos, aos níveis anteriores (que já eram altos).

Deve ser salvaguardado o sector bancário naquilo que é essencial para o país: crédito habitação e financiamento da economia.

O Turismo deve ser cuidado (com pinças) bem como toda a indústria (restante) e serviços que tenham incorporação forte de bens e serviços nacionais.

Deve ser criado um grupo de pressão de países em dificuldades que imponham, na Europa, políticas coerentes com a sua situação.

Deve ser alterar o sistema fiscal e o financiamento da Segurança Social.

E sim, finalmente, deveremos refundar o Estado, ajustando a Constituição. Não para o diminuir, mas para o sustentar. Porque aquele que temos neste momento é … suicida. Ou ajustamos ou afundamos.

Resta-nos, talvez, o Presidente da República… e uma solução abrangente.
Mas, em cada dia que passa, se aperta o túnel das soluções…

novembro 09, 2012

Isabel Jonet na SIC

Uma visão fantástica, do que nos rodeia.
Porque identifica, corajosamente, a realidade. Uma realidade com a qual convive, diariamente, há vinte anos.

Como em qualquer situação de crise, começa-se por aceitar os problemas. Para que os mesmos possam ser atenuados e/ou resolvidos.


Ignorar o título dado ao vídeo... 
Pois terá sido um qualquer pandeireta a coloca-lo no YouTube.

Em post anterior, neste blog:

novembro 08, 2012

Peluche de Oleiros segue para a Tunísia

Nada de inesperado. Já aconteceu e vai continuar a acontecer.
O trabalho deslocaliza-se para onde o enquadramento é mais atractivo  Enquadramento a todos os níveis: custos, matéria prima, impostos, sistema judicial, etc.

Até entendemos o presidente da Câmara de Oleiros. Quer defender a todo o custo a manutenção daquele centena de postos de trabalho, tão caros aos seus munícipes, criado por um investimento alemão no nosso país.

Queixa-se que Merkel diz querer ajudar os países europeus do Sul mas que tem de demonstrar essa vontade neste(s) caso(s). E que, indo para a Tunísia a empresa alemã só pensa no dinheiro e no lucro. E já vai avisando que vai reter as máquinas, não as deixando seguir para o Norte de África...

Mas, infelizmente, sendo capital estrangeiro, tanto lhes faz ajudar uma centena de portugueses como uma centena de tunisinos. E, se na Tunísia poderão ganhar mais (sim, ganhar mais porque, por lá, trabalham por menos e os impostos e contribuições sociais são mais em conta) ou poderão produzir mais barato, evitando que outra fábrica, com outros ursos de peluche (produzidos na China, por exemplo) lhes mitigue a sua quota global de vendas, só podemos valorizar a decisão que é de boa gestão

Claro que, isto é tudo correto quando se avalia de fora, friamente.
Se os capitais fossem nacionais a análise poderia ser outra. 
Mas também podia ser a mesma...
Pois a insistência na manutenção da produção em Portugal, nas condições presentes, poderia conduzir a: fábrica nenhuma em Portugal e fábrica nenhuma na Tunísia . E, aí, restaria mais mercado de ursinhos de peluche para uma qualquer fabrica na China ou na Índia.

O que nos resta?
Temos que produzir mais barato, ganhar menos, reter menos impostos e retirar as contribuições sociais do preço dos produtos de exportação. Precisamos de atrair capitais externos. E isso faz-se com essas medidas. Mas também com um sistema judicial que funcione e com um enquadramento legal que deixe sair os investidores com a maior facilidade do mundo. 

Pois, se a saída for difícil mais nenhum quererá entrar...

novembro 07, 2012

O Gadget que eu espero - 3

Chegou a altura de rever as as ofertas no mercado e prever o que aí poderá vir.

Será um “comunicador” que reunirá, num único aparelho, as capacidades básicas de muitos equipamentos, hoje utilizados isoladamente.

O aparelho nuclear será muito parecido com um SAMSUNG GALAXY NOTE 2. É a dimensão certa, podendo ser ligeiramente mais pequeno (entre as 5 e as 5,5 polegadas). Funcionará isoladamente, para muitas tarefas (as já conhecidas basicamente).

Será um equipamento com um processador potente, com comunicações de vários tipos.
Resistência aos choques, poeiras e impermeável. Tal como o SONY XPERIA GO

Assegurará fotos e vídeos HD. E terá capacidades de emitir streaming de vídeo e som para a internet (e não só), a exemplo do que já se faz - embora com qualidade ainda incipiente - via JUSTINTV. Aguardamos um serviço semelhante no YOUTUBE, mais ágil.

Este “comunicador” será o coração de muitos outros equipamentos sucedâneos:

No carro, será colocado num encaixe próprio, assumindo o papel de assistente de viagem (liga-se ao sistema de som e a um ecrã táctil proprietário da viatura) assegurando comunicações sem mãos e entretenimento para os passageiros.

A exemplo do ASUS PADFONE, transforma-se, com facilidade num tablet, ajustando-se a um espaço próprio. O aparelho resultante terá todas as funções dos aparelhos deste tipo (TABLET), concedento ao comunicador um ecrã bem maior, potenciando as suas comunicações e capacidade de processamento. 

O ecrã do tablet deverá ter uma dimensão entre as 10 e as 13 polegadas, de alta definição. Inclui uma bateria de reforço (que estende e carrega a bateria do comunicador), capacidade de memória (disco) e ligações a uma capa (elemento) com um teclado, portas várias para discos, rato, controlo de jogos e carregador de bateria(s). Aí, teremos um PC portátil!

Neste modo, a recepção de chamadas de voz será facilitada através de um hearfone que é extraído do aparelho como os fios eléctricos, nos aspiradores.

Este elemento (isolado) também terá bateria (que estende e reforça as baterias do PAD e do comunicador) e saídas para, por exemplo, a TV lá de casa. Se ligada ao tablet conduze-nos a um PC portátil. Se ligada ao comunicador e à TV (ou a outro monitor), temos um PC desktop. 

E poderá funcionar como spot 4G Wifi, distribuindo a rede para outros aparelhos.

Tudo isto, aliado ao novo WINDOWS 8 (que potencia todas aquelas utilizações). O que poderá constituir uma mais-valia brutal para a MICROSOFT...

Pois será possível fazer com este “comunicador” – e bem - tudo o que actualmente se faz com meia dúzia (ou mais) de aparelhos.

Telefones, Câmaras  GPSs de todo o tipo (viatura, desporto), ipods, tablets e PCs. Tudo num único “comunicador”, ajustável e transformável a cada função, no carro, no TABLET e com um sistema operativo que garante o seu uso como PC.

Será um sistema caro? Não creio...

Talvez com 1000 euros seja possível ter tudo isto. Somem-se os custos de todos os aparelhos dispensados e concluímos que valerá bem aquele preço. Deixamos para trás as câmaras, o telefone, os GPS para o carro (basta o sistema interno de som e vídeo para os passageiros), tablets, ipods, rádio, lanterna, comando sem fios, PC portátil e PC desktop, Spots Wifi 4G, leitores digitais, consola de jogos, etc. E já concluiremos que, se tivermos esta máquina, teremos quase tudo aquilo, sem qualquer perda. 

Mas tudo isto sem prejuízo dos equipamentos para usos de alto nível que se manterão autónomos. Camaras reflex, PCs para jogos exigentes, consolas de jogos, frigorífico, máquina para cortar a relva (estou a brincar) etc...

Com o comunicador, poderemos fotografar e filmar na praia e dentro da piscina, sem grandes problemas em caso de queda. Poderemos fazer “jogging” ouvindo rádio ou música e, ao mesmo tempo, controlando por GPS, a velocidade e os quilómetros percorridos. No carro, liga-se ao ecrã e sistema de som, garantindo todas as funções de assistência à viagem.

Permitirá a leitura de e-books e da imprensa diária, incluindo o acesso aos canais de TV de todo o tipo. Poderemos até emitir o nosso próprio streaming para a rede, para qualquer efeito.

Finalmente, será também o nosso PC. A funcionar localmente ou sobre a nuvem.
Resta saber se não será isto que está a preparar a MICROSOFT
Se sim, será uma "bomba" comercial...
A tecnologia está toda aí. Basta reuni-la. E o que une tudo isto é o novo WINDOWS...

A Microsoft sabe o que tem e não vai esperar pelos "timings" dos fabricantes. Vai se antecipar, com uma equipamento próprio (ou "ameaçando" com esse equipamento) forçando a redução desses "timings".

A ASUS será o fabricante que poderá reagir mais rapidamente.
Tem experiência em quase todas as áreas anotadas e já tem o design e a tecnologia (de transferência de ecrãs) base do PADPHONE. 
Já tem no mercado um PADPHONE com o Windows RT e tem hardware gráfico e equipamentos WINDOWS. 
Pelo que, deve estar para breve este equipamento (o ASUS PAD2PHONE W8) ...