abril 02, 2013

Narrativas

Conheço uma narrativa. Simples.
Sócrates, tomou conta do País com uma dívida de 60% do PIB.

Criou um tipo de vida (gastava mais 20% do que recebia) que se sustentava num défice sustentado por empréstimos externos que fez crescer aquela dívida para o dobro.

Mesmo com o travão da austeridade nos últimos dois anos o “monstro” (a dívida) atingiu os 120% do PIB. Como é evidente, não se corta 20% (o défice) da despesa de um dia para outro (nem isso foi possível em 2 anos).

O que nos obriga, hoje, a pagar 8 mil milhões anuais em juros.

A narrativa realista diz que temos que cortar em despesas, 4 mil milhões. O exacto valor dos juros acrescidos pelo aumento da dívida originado pelas políticas de Sócrates.

Mas a narrativa não termina aqui. Para além dos mais 4 mil milhões anuais em juros, temos que lidar com os credores que, não nos emprestam mais dinheiro e ainda nos obrigam (o que é normal), a assegurar o pagamento daquilo que lhes devemos.

Tudo isto junto, originou o problema ou todos os problemas com que (sobre)vivemos.
As outras narrativas são apenas de maus fígados.

Sem comentários: